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Novo caso de super fungo é confirmado em hospital de Belo Horizonte

  • Foto do escritor: Victor Neves
    Victor Neves
  • 16 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

Ao todo, são quatro diagnósticos. Outros 24 aguardam resultado dos exames.


A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou, nesta quarta-feira (16), mais um caso de infecção por superfungo Candida auris no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Ao todo, são quatro diagnósticos.

Segundo a pasta, dois pacientes já tiveram alta, e um permanece internado. Um quarto morreu, mas o óbito não tem relação com o superfungo. O paciente já estava internado em estado grave, com lesão de coluna.

Outras 24 pessoas aguardam resultado dos exames.

O fungo tem alta transmissibilidade e capacidade de colonizar rapidamente a pele e o ambiente. Além disso, é muito resistente a medicamentos e pode ser fatal (leia mais abaixo).



De acordo com a SES-MG, os leitos dos pacientes infectados são mantidos isolados. O Hospital João XXIII também adotou outras medidas de prevenção, como higienização das mãos, precaução de contato (uso de luvas e avental) com casos suspeitos e testes para detecção de novos casos.


Saiba mais


O Candida auris foi identificado pela primeira vez em 2009, no ouvido de uma paciente internada no Japão.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi notificada sobre o possível primeiro caso positivo no Brasil em dezembro de 2020, em um paciente internado na Bahia. O superfungo foi identificado após análises laboratoriais. Desde então, o país registrou diversos surtos.

Segundo alerta emitido pela Anvisa após a notificação do primeiro caso no Brasil, o Candida auris representa uma "séria ameaça à saúde pública" porque:


  • apresenta resistência a vários medicamentos antifúngicos comumente utilizados para tratar infecções por Candida. Algumas cepas de Candida auris são resistentes a todas as três principais classes de fármacos antifúngicos;

  • pode causar infecção em corrente sanguínea e outras infecções invasivas, podendo ser fatal, principalmente em pacientes com comorbidades;

  • a identificação desse fungo requer métodos laboratoriais específicos, já que a Candida auris pode ser facilmente confundida com outras espécies de leveduras;

  • pode permanecer viável por longos períodos no ambiente (semanas ou meses) e apresenta resistência a diversos desinfetantes;

  • é propenso a causar surtos devido à dificuldade de identificação por métodos laboratoriais rotineiros e de eliminação do ambiente contaminado.



 
 
 

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